quinta-feira, 17 de março de 2016

O Cortiço (Aluísio Azevedo) - Compreensão da obra








                    A obra O Cortiço, de Aluísio Azevedo, publicado em 1890 faz uma crítica social e uma crítica ao capitalismo selvagem, o retrato de uma época. O autor, influenciado pelas correntes filóficas do positivismo( a ciênca prova tudo), darwinismo (evolução da espécies) e determinismo (o meio determina o homem), torna-se figura importante na escola literária do naturalismo (realismo radical) no Brasil.
                Esse livro que tem sido, tantas vezes, ojerizado pelos alunos, faz parte da lista de leituras obrigatórias dos principais vestibulares do país. Numa observação mais minuciosa do porquê ser um livro que os jovens estudantes desenvolvem antipatia, percebe-se que a ausência de romantismo na obra, a realidade apresentada de forma nua e crua, acaba chocando o jovem ainda não crítico. O trabalho da escola e, principalmente, do professor de literatura é apresentar o contexto histórico-social da época para que o aluno compreenda a obra literária como um retrato de um tempo e, porque não, um documento histórico de grande valor para a compreensão da realidade atual. Afinal, qual a diferença entre a desigualdade social do século XIX e do século XXI? 
               Trata-se, pois, de uma obra de riquíssimo conteúdo para ser lida, analisada e discutida no ambiente escolar. Uma excelente contribuição para o despertar da criticidade em nossos jovens, habilidade imprescidível nos dias atuais.
               Boa leitura! Grandes aprendizados!

Neuceli




G1 - Professora faz análise da obra 'O Cortiço'ThiagoXPTO 



Resumo
O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até do furto para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda de domingo a domingo, trabalhando sem descanso.

Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o comerciante bem estabelecido que cria uma disputa acirrada com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois.

Com inveja de Miranda, que possui condição social mais elevada, João Romão trabalha ardorosamente e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ostentar uma posição social reconhecida, freqüentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, ou seja, participar ativamente da vida burguesa.

No cortiço, paralelamente, estão os moradores de menor ambição financeira. Destacam-se Rita Baiana e Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. Um exemplo de como o romance procura demonstrar a má influência do meio sobre o homem é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana. Opera-se uma transformação no português trabalhador, que muda todos os seus hábitos.

A relação entre Miranda e João Romão melhora quando o comerciante recebe o título de barão e passa a ter superioridade garantida sobre o oponente. Para imitar as conquistas do rival, João Romão promove várias mudanças na estalagem, que agora ostenta ares aristocráticos. 

O cortiço todo também muda, perdendo o caráter desorganizado e miserável para se transformar na Vila João Romão.

O dono do cortiço aproxima-se da família de Miranda e pede a mão da filha do comerciante em casamento. Há, no entanto, o empecilho representado por Bertoleza, que, percebendo as manobras de Romão para se livrar dela, exige usufruir os bens acumulados a seu lado. 

Para se ver livre da amante, que atrapalha seus planos de ascensão social, Romão a denuncia a seus donos como escrava fugida. Em um gesto de desespero, prestes a ser capturada, Bertoleza comete o suicídio, deixando o caminho livre para o casamento de Romão.

Lista de personagens
Os personagens da obra são psicologicamente superficiais, ou seja, há a primazia de tipos sociais. Os principais são: 

João Romão: taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa o capitalista explorador. 

Bertoleza: quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina. 

Miranda:
 comerciante português. Principal opositor de João Romão. Mora num sobrado aburguesado, ao lado do cortiço. 

Jerônimo: português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho. 

Rita Baiana:
 mulata sensual e provocante que promove os pagodes no cortiço. Representa a mulher brasileira. 

Piedade:
 portuguesa que é casada com Jerônimo. Representa a mulher europeia. 

Capoeira Firmo: mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana. 

Arraia-Miúda: 
representada por lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e pelo policial Alexandre.

Sobre Aluísio de Azevedo
Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão, em 14 de abril de 1857. Após concluir seus estudos na terra natal, transfere-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prossegue seus estudos na Academia Imperial de Belas-Artes. Começa, então, a trabalhar como caricaturista para jornais. 

Com o falecimento do pai em 1879, Aluísio de Azevedo retorna ao Maranhão para ajudar a sustentar a família, época em que dá início à carreira literária movido por dificuldades financeiras. Assim, publica em 1880 seu primeiro livro, Uma lágrima de mulher. Com a questão abolicionista ganhando cada vez mais espaço no final do século XIX, publica em 1881 o romance "O mulato", obra que inaugurou o Naturalismo no Brasil e que escandalizou a sociedade pelo modo cru com que trata a questão racial. Devido ao sucesso que a obra obteve na corte, Aluízio volta à capital imperial e passa a exercer o ofício de escritor, publicando diversos romances, contos e peças de teatro.

Em 1910 instala-se em Buenos Aires trabalhando como cônsul e vem a falecer três anos depois nessa mesma cidade em 21 de janeiro de 1913. 

Suas principais obras são: "O mulato" (1881), "Casa de pensão" (1884) e "O cortiço" (1890).
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/cortico-resumo-obra-aluisio-azevedo-700291.shtml

Exercicíos sobre o livro O Cortiço – Aluísio Azevedo

QUESTÕES — ESCRITO POR ANA RIBEIRO 

O romance “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, é figurinha fácil nas provas de vários vestibulares. Essa obra está com frequência entre os livros obrigatórios de concursos de todo o País.
Resolva a seguir os exercícios que preparamos sobre O Cortiço .
Bons estudos!

1. (ITA) Leia as proposições acerca de O Cortiço.
I. Constantemente, as personagens sofrem zoomorfização, isto é, a animalização do comportamento humano, respeitando os preceitos da literatura naturalista.
II. A visão patológica do comportamento sexual é trabalhada por meio do rebaixamento das relações, do adultério, do lesbianismo, da prostituição etc.
III. O meio adquire enorme importância no enredo, uma vez que determina o comportamento de todas as personagens, anulando o livre-arbítrio.
IV. O estilo de Aluísio Azevedo, dentro de O Cortiço, confirma o que se percebe também no conjunto de sua obra: o talento para retratar agrupamentos humanos.
Está(ão) correta(s)
a)     todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I, II e III.
e) apenas III e IV.

2. (UFV-MG) Leia o texto abaixo, retirado de O Cortiço, e faça o que se pede:
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.
[…].
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sangüínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 15. ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-29.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma possível leitura do fragmento citado:
a)     No texto, o narrador enfatiza a força do coletivo. Todo o cortiço é apresentado como um personagem que, aos poucos, acorda como uma colméia humana.
b) O texto apresenta um dinamismo descritivo, ao enfatizar os elementos visuais, olfativos e auditivos.
c) O discurso naturalista de Aluísio Azevedo enfatiza nos personagens de O Cortiço o aspecto animalesco, “rasteiro” do ser humano, mas também a sua vitalidade e energia naturais, oriundas do prazer de existir.
d) Através da descrição do despertar do cortiço, o narrador apresenta os elementos introspectivos dos personagens, procurando criar correspondências entre o mundo físico e o metafísico.
e) Observa-se, no discurso de Aluísio Azevedo, pela constante utilização de metáforas e sinestesias, uma preocupação em apresentar elementos descritivos que comprovem a sua tese determinista.

3. (UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913):
O cortiço
Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas. (Aluísio Azevedo. O cortiço)
Em O cortiço, o caráter naturalista da obra faz com que o narrador se posicione em terceira pessoa, onisciente e onipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos fatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto e explícito em:
a)     Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.
b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos…
d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.
e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada…

4. (UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913):
O cortiço
Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas. (Aluísio Azevedo. O cortiço)
O caráter naturalista nessa obra de Aluísio Azevedo oferece, de maneira figurada, um retrato de nosso país, no final do século XIX. Põe em evidência a competição dos mais fortes, entre si, e estes, esmagando as camadas de baixo, compostas de brancos pobres, mestiços e escravos africanos. No ambiente de degradação de um cortiço, o autor expõe um quadro tenso de misérias materiais e humanas. No fragmento, há várias outras características do Naturalismo. Aponte a alternativa em que as duas características apresentadas são corretas:
a)     Exploração do comportamento anormal e dos instintos baixos; enfoque da vida e dos fatos sociais contemporâneos ao escritor.
b) Visão subjetivista dada pelo foco narrativo; tensão conflitiva entre o ser humano e o meio ambiente.
c) Preferência pelos temas do passado, propiciando uma visão objetiva dos fatos; crítica aos valores burgueses e predileção pelos mais pobres.
d) A onisciência do narrador imprime-lhe o papel de criador, e se confunde com a idéia de Deus; utilização de preciosismos vocabulares, para enfatizar o distanciamento entre a enunciação e os fatos enunciados.
e) Exploração de um tema em que o ser humano é aviltado pelo mais forte; predominância de elementos anticientíficos, para ajustar a narração ao ambiente degradante dos personagens.

5. (UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913):
O cortiço
Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
Os sinos da vizinhança começaram a badalar.
E tudo era um clamor.
A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.
Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas. (Aluísio Azevedo. O cortiço)
Releia o fragmento de O cortiço, com especial atenção aos dois trechos a seguir:
Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero.
(…)
E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
No fragmento, rico em efeitos descritivos e soluções literárias que configuram imagens plásticas no espírito do leitor, Aluísio Azevedo apresenta características psicológicas de comportamento comunitário. Aponte a alternativa que explicita o que os dois trechos têm em comum:
a)     Preocupação de um em relação à tragédia do outro, no primeiro trecho, e preocupação de poucos em relação à tragédia comum, no segundo trecho.
b) Desprezo de uns pelos outros, no primeiro trecho, e desprezo de todos por si próprios, no segundo trecho.
c) Angústia de um não poder ajudar o outro, no primeiro trecho, e angústia de não se conhecer o outro, por quem se é ajudado, no segundo trecho.
d) Desespero que se expressa por murmúrios, no primeiro trecho, e desespero que se expressa por apatia, no segundo trecho.
e) Anonimato da confusão e do “salve-se quem puder”, no primeiro trecho, e anonimato da cooperação e do “todos por todos”, no segundo trecho.

6. (ESPM) Dos segmentos abaixo, extraídos de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, marque o que não traduza exemplo de zoomorfismo:
a) Zulmira tinha então doze para treze anos e era o tipo acabado de fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente pintalgadas de sardas.
b) Leandra…a Machona, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo.
c) Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas.
d) E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa começou a minhocar,… e multiplicar-se como larvas no esterco.
e) Firmo, o atual amante de Rita Baiana, era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito…

7. (UEL) A questão refere-se aos trechos a seguir.
“Justamente por essa ocasião vendeu-se também um sobrado que ficava à direita da venda, separado desta apenas por aquelas vinte braças; e de sorte que todo o flanco esquerdo do prédio, coisa de uns vinte e tantos metros, despejava para o terreno do vendeiro as suas nove janelas de peitoril. Comprou-o um tal Miranda, negociante português, estabelecido na rua do Hospício com uma loja de fazendas por atacado.”
“E durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado diante daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes piores e mais grossas do que serpentes miravam por toda parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e abalando tudo.”
(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins, 1974. p. 23; 33.)
Com base nos fragmentos citados e nos conhecimentos sobre o romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo, considere as afirmações a seguir:
I. A descrição do cortiço, feita através de uma linguagem metafórica, indica que, no romance, esse espaço coletivo adquire vida orgânica, revelando-se um “ser” cuja força de crescimento assemelha-se ao poderio de raízes em desenvolvimento constante que ameaçam tudo abalar.
II. A inquietação de Miranda quanto ao crescimento do cortiço deve-se ao fato de que sua casa, o sobrado, ainda que fosse uma construção imponente, não possuía uma estrutura capaz de suportar o crescimento desenfreado do vizinho, que ameaçava derrubar sua habitação.
III. Não obstante a oposição entre o sobrado e o cortiço em termos de aparência física dos ambientes, os moradores de um e outro espaço não se distinguem totalmente, haja vista que seus comportamentos se assemelham em vários aspectos, como, por exemplo, os de João Romão e Miranda.
IV. Os dois ambientes descritos marcam uma oposição entre o coletivo (o cortiço) e o individual (o sobrado) e, por extensão, remetem também à estratificação presente no contexto do Rio de Janeiro do final do século XIX.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a)     I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

8. (UFLA) Relacione os trechos da obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, às características realistas/naturalistas seguintes que predominam nesses trechos e, a seguir, marque a alternativa CORRETA:
1. Detalhismo.
2. Crítica ao capitalismo selvagem.
3. Força do sexo.
( ) “(…) possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estepe cheio de palha.”
( ) “(…) era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas de fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras.”
( ) “E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer (…) Era um pobre diabo caminhando para os setenta anos, antipático, muito macilento.”
a)     2, 1, 3
b) 1, 3, 2
c) 3, 2, 1
d) 2, 3, 1
e) 1, 2, 3

9. (UNIFESP / SP) Em O cortiço, o caráter naturalista da obra faz com que o narrador se posicione em terceira pessoa, onisciente e onipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico- analística dos fatos. A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto e explícito em:
a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.
b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes que se despejavam sobre as chamas.
c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos…
d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.
e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada…

10. (UEL) Texto 1
De cada casulo espipavam homens armados de pau, achas de lenha, varais de ferro. Um empenho coletivo os agitava agora, a todos, numa solidariedade briosa, como se ficassem desonrados para sempre se a polícia entrasse ali pela primeira vez. Enquanto se tratava de uma simples luta entre dois rivais, estava direito! ‘Jogassem lá as cristas, que o mais homem ficaria com a mulher!’ mas agora tratava-se de defender a estalagem, a comuna, onde cada um tinha a zelar por alguém ou alguma coisa querida.
(AZEVEDO, Aluísio, O cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins, 1974. p. 139.)
Texto 2
O cortiço é um romance de muitas personagens. A intenção evidente é a de mostrar que todas, com suas particularidades, fazem parte de uma grande coletividade, de um grande corpo social que se corrói e se constrói simultaneamente.
(FERREIRA, Luiz Antônio. Roteiro de leitura: O cortiço de Aluísio Azevedo. São Paulo: Ática, 1997. p. 42.)
Sobre os textos, assinale a alternativa correta.

a) No Texto 1, por ser ele uma construção literária realista, há o predomínio da linguagem referencial, direta e objetiva; no Texto 2, por ser ele um estudo analítico do romance, há o predomínio da linguagem estética, permeada de subentendidos.
b) A afirmação contida no Texto 2 explicita o modo coletivo de agir do cortiço, algo que também se observa no Texto 1, o que justifica o prevalecimento de um termo coletivo como título do romance.
c) Tanto no Texto 1 quanto no Texto 2 há uma visão exacerbada e idealizada do cortiço, sendo este considerado um lugar de harmonia e justiça.
d) No Texto 1 prevalece a desagregação e corrosão da grande coletividade a que se refere o Texto 2.
e) O que se afirma no Texto 2 vai contra a idéia contida no Texto 1, visto que no cortiço jamais existe união entre os seus moradores.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Notícias de ENEM e Vestibular

USP publica lista de livros para os vestibulares de 2017, 2018 e 2019
Em 2017 entram Mayombe, de Pepetela; Sagarana, de Guimarães Rosa; Claro enigma, de Drummond, e Iracema, de José de Alencar
A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), responsável pelo processo seletivo da Universidade de São Paulo e da Santa Casa, divulgou as listas de livros obrigatórios para os próximos três anos de vestibular.

As obras adotadas pela Fuvest para 2017 são:
Claro enigma - Carlos Drummond de Andrade
Sagarana - João Guimarães Rosa
Mayombe - Pepetela
Iracema - José de Alencar
Vidas secas - Graciliano Ramos
Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
O cortiço - Aluísio Azevedo
A cidade e as serras - Eça de Queirós
Capitães da Areia - Jorge Amado
As novidades são Mayombe, do autor angolano Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos), Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade, Sagarana, de Guimarães Rosa, eIracema, de José de Alencar. As outras obras da seleção já figuravam na lista de livros anterior.
Para os anos seguintes, a USP mantém o conjunto de livros semelhante, mas adota outras duas novas obras. Minha vida de menina, de Helena Morley, aparece na lista em 2018 e 2019, e A relíquia, de Eça de Queirós, passa a fazer parte dos textos obrigatórios no último ano.

Confira a lista de 2018:
Iracema ‐ José de Alencar
Memórias póstumas de Brás Cubas ‐ Machado de Assis
O cortiço ‐ Aluísio Azevedo
A cidade e as serras ‐ Eça de Queirós
Vidas secas ‐ Graciliano Ramos
Minha vida de menina ‐ Helena Morley
Claro enigma ‐ Carlos Drummond de Andrade
Sagarana ‐ João Guimarães Rosa
Mayombe ‐ Pepetela

Veja também as obras de 2019:
Iracema ‐ José de Alencar
Memórias póstumas de Brás Cubas ‐ Machado de Assis
A relíquia ‐ Eça de Queirós
O cortiço ‐ Aluísio Azevedo
Vidas secas ‐ Graciliano Ramos
Minha vida de menina ‐ Helena Morley
Claro enigma ‐ Carlos Drummond de Andrade
Sagarana ‐ João Guimarães Rosa
Mayombe ‐ Pepetela

Fonte: Guia do Estudante

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A LITERATURA DOS VESTIBULARES - 2016

VESTIBULAR 2016
Facasper
Faculdade Cásper Líbero
Livros
Viagens na minha terra (1846) - Almeida Garrett
Papéis avulsos (1882) - Machado de Assis
A cidade e as serras (1901)- Eça de Queiroz
Capitães da areia (1937) - Jorge Amado
Os melhores contos de João Antônio (1997)
Toda poesia (2013) - Paulo Leminski
Filmes
Corações e mentes (1974), Peter Davis
Trabalho interno (2010), Charles Ferguson
Tropicália (2011), Marcelo Machado
O dia que durou 21 anos (2012), Camilo Tavares

Fuvest 
Fundação Universitária para o Vestibular
Viagens na minha terra – Almeida Garrett
Til – José de Alencar
Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
O cortiço – Aluísio Azevedo
A cidade e as serras – Eça de Queirós
Vidas secas – Graciliano Ramos
Capitães da areia – Jorge Amado
Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade 
PUCPR
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Inocência – Visconde de Taunay
Felicidade clandestina – Clarice Lispector
Dom Casmurro – Machado de Assis
São Bernardo – Graciliano Ramos
Contos de Belazarte – Mario de Andrade
Muitas Vozes – Ferreira Gullar
O pagador de promessas – Dias Gomes
PUC-SP
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
A Cidade e as Serras - Eça de Queirós
Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida
Memórias Póstumas de Brás Cuba– Machado de Assis
Sentimento do Mundo – Carlos D Andrade
Vidas Secas – Graciliano Ramos
UEM
Universidade Estadual de Maringá 
Antologia poética - Carlos Drummond de Andrade
Contos novos - Mário de Andrade
Dois irmãos - Milton Hatoum
Eu e outras poesias - Augusto dos Anjos
Iracema - José de Alencar
Melhores poemas - Cecília Meireles
Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
Negrinha - Monteiro Lobato
O rei da vela - Oswald de Andrade
Sermões do Padre Vieira - Padre Antônio Vieira
UEL
Universidade Estadual de Londrina
Papéis avulsos – Machado de Assis
O Planalto e a Estepe – Pepetela
Bagagem – Adélia Prado
O pagador de promessas – Dias Gomes
Doze reis e a moça no labirinto do vento – Marina Colasanti
A máquina de madeira – Miguel Sanches Neto
Toda Poesia – Paulo Leminski
Eurico, o Presbítero – Alexandre Herculano
A traição das elegantes ou 200 crônicas escolhidas – as melhores de Rubem Braga – Rubem Braga
O cabeleira – Franklin Távora 
UEPG
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Amar, Verbo Intransitivo - Mário de Andrade
A morte e a morte de Quincas Berro D'água - Jorge Amado
Livro sobre nada - Manoel de Barros
O filho eterno - Cristóvão Tezza
O ovo apunhalado - Caio Fernando Abreu
Udesc
Universidade do Estado de Santa Catarina 

O cortiço - Aluísio Azevedo
O Santo e a Porca - Ariano Suassuna
Além do Ponto e outros contos - Caio Fernando Abreu
A Majestade do Xingu - Moacyr Scliar
Melhores Contos - Salim Miguel 
Ucafe
Associação Catarinense das Fundações Educacionais
O cortiço - Aluísio Azevedo
O fantástico na ilha de Santa Catarina - Franklin Cascaes
Várias histórias - Machado de Assis
A hora da Estrela - Clarice Lispector
A Majestade do Xingu - Moacyr Scliar
UEMA
Universidade Estadual do Maranhão 

A rosa do povo - Carlos Drummond de Andrade
Vidas Secas - Graciliano Ramos
Auto da barca do inferno - Gil Vicente
UFPR
Universidade Federal do Paraná

A Última Quimera - Ana Miranda
Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade
Eles Não Usam Black-Tie - Gianfrancesco Guarnieri
Fogo Morto - José Lins do Rego
Lavoura Arcaica - Raduan Nassar
Lucíola - José de Alencar
O Bom Crioulo -  Adolfo Caminha
Os Dois ou o Inglês Maquinista -  Luís Carlos Martins Pena
Poemas Escolhidos -  Gregório de Matos (organização de José Miguel Wisnik)
Várias Histórias -   Machado de Assis
UFES
Universidade Federal do Espírito Santo

Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres - Clarice Lispector
Primeiras estórias (contos: Famigerado, A menina de lá, A terceira margem do rio, Pirlimpsiquice, Darandina) – Guimarães Rosa
O Livro de Cesário Verde – Cesário Verde
Os dias impares – Sérgio Blank
AvóDezanove e o segredo do soviético – Ondajaki
Lavoura arcaica – Raduan Nassar
Campeões do Mundo – Dias Gomes
UFSC
Universidade Federal de Santa Catarina
Além do Ponto e outros contos - Caio Fernando Abreu
O cortiço - Aluísio de Azevedo
O fantástico na ilha de Santa Catarina - Franklin Cascaes
A hora da Estrela - Clarice Lispector
A Majestade do Xingu - Moacyr Scliar
Poesia Marginal - Vários autores
O Santo e a Porca - Ariano Suassuna
Várias histórias - Machado de Assis
UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul​​
Coletânea Fernando Pessoa
Autopsicografia;
Isto;
Pobre velha música;
Qualquer música;
Natal...Na província neva;
Ela canta, pobre ceifeira;
Não sei se é sonho, se realidade;
Não sei quantas almas tenho;
Viajar! Perder países!;
Liberdade;
Lá fora vai um redemoinho de sol os cavalos do carrossel... ( poema V de Chuva Oblíqua);
O maestro sacode a batuta ( poema VI de Chuva Oblíqua);
Padrão (Mensagem);
Noite (Mensagem);
O infante ( Mensagem);
Mar português ( Mensagem);
Nevoeiro (Mensagem)
As Parceiras - Lya Luft
Terras do Sem Fim - Jorge Amado
Contos do livro "Dançar tango em Porto Alegre", de Sergio Faraco:
Dois guaxos;
Travessia;
Noite de matar um homem;
Guapear com frangos;
O vôo da garça-pequena;
Sesmarias do urutau mugidor;
A língua do cão chinês;
Idolatria;
Outro brinde para Alice;
Guerras Greco-Pérsicas;
Majestic Hotel;
Não chore, papai;
Café Paris;
A dama do bar Nevada;
Um aceno na garoa;
No tempo do trio Los Panchos;
Conto do inverno;
Dançar tango em Porto Alegre.
Contos de Murilo Rubião:
O pirotécnico Zacarias;
O ex-mágico da Taberna Minhota;
Bárbara;
A cidade;
Ofélia, meu cachimbo e o mar;
A flor de vidro;
Os dragões;
Teleco, o coelhinho;
O edifício;
O lodo;
O homem do boné cinzento;
O convidado.
Unicamp
Universidade Estadual de Campinas
Poesia
Sentimento do mundo - Carlos Drummond de Andrade
Sonetos - Luis de Camões
Contos
Amor, do livro Laços de família - Clarice Lispector
A hora e a vez de Augustro Matraga, do livro Sagarana - Guimarães Rosa
Negrinha, do livro Negruinha - Monteiro Lobato
Teatro
Viagens na minha terra - Almeida Garret
O cortiço - Aloísio de Azevedo
Capitães da areia – Jorge Amado
Memórias póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis                                                                                
Terra sonâmbula - Mia Couto
Unicentro 
Universidade Estadual do Centro-Oeste
A Falecida – Nelson Rodrigues
Capitães da Areia – Jorge Amado
Então você quer ser escritor? – Miguel Sanches Neto
Laços de Família – Clarice Lispector
Memorial de Aires – Machado de Assis
Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida
O Primo Basílio – Eça de Queirós
Primeiras Estórias – João Guimarães Rosa
Toda Poesia – Paulo Leminski
Vidas Secas – Graciliano Ramos
UPF
Universidade de Passo Fundo
Senhora - José de Alencar
Contos definitivos - Machado de Assis
São Bernardo - Graciliano Ramos
A rosa do povo - Carlos Drummond de Andrade
Primeiras Estórias – João Guimarães Rosa
Um certo Capitão Rodrigo - Érico Veríssimo
Unitau
Universidade de Taubaté
Libertinagem - Manuel Bandeira
O guardador de rebanhos - Fernando Pessoa
Casa de pensão - Aluísio Azevedo
Capitães da Areia - Jorge Amado
O último voo do flamingo - Mia Couto
A hora e a vez de Augusto Matraga - Guimarães Rosa
Primeiro de maio e Vestida de preto - Mário de Andrade
O alienista, Teoria do Medalhão, Uns braços e O enfermeiro - Machado de Assis
UPE
Universidade de Pernambuco

SSA 1


Cartas Chilenas - Tomás Antônio Gonzaga
Antologia – Gregório de Matos
Cronistas do Descobrimento -  Antonio Carlo Olivieri e  Marco Antonio Villa
Terra Papagalli - José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente
SSA 2
Antologia de poesia brasileira: romantismo – Castro Alves
Senhora – José de Alencar
Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
O Cortiço – Aluísio de Azevedo
Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antonio de Almeida
SSA 3
A História de Bernarda Soledade – Raimundo Carrero
A Hora da Estrela – Clarice Lispector
Morte e Vida Severina – João Cabral de Melo Neto
Vidas secas – Graciliano Ramos
Primeiras Estórias – João Guimarães Rosa
A Farsa da Boa Preguiça – Ariano Suassuna 
Confira aqui a lista de filmes exigidos 
UESB
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Eu e as outras poesias - Augusto dos Anjos
O Santo e a Porca - Ariano Suassuna
Sermão da Sexagésima - Padre Antônio Vieira
Filmes
Sem Pena (2014)
Relatos Selvagens (2014)
O Menino e o Mundo (2014)
UEMG
Universidade do Estado de Minas Gerais
Olhos d'água - Conceição Evaristo
Crônicas para ler na escola - Zuenir Ventura
UFLA
Universidade Federal de Lavras
Processo de Avaliação Seriada - PAS
PAS 1ª Etapa
Poemas escolhidos de Gregório de Matos
Marília de Dirceu - Tomás Antônio Gonzaga
PAS 2ª Etapa
Melhores Poemas de Álvares de Azevedo
Esaú e Jacó - Machado de Assis
O Cortiço - Aluísio Azevedo
PUC-GO
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Os melhores poemas de Jorge de Lima - Jorge de Lima 
Os tambores da tempestade - Delermando Vieira
Quincas Borba - Machado de Assis
Mesa dos inocentes - Adelice da Silveira Barros
Das estampas - Aguinaldo Gonçalvez
Sangue Verde - David Gonçalves
Melhores contos - Moacyr Scliar
O beijo no asfalto: uma tragédia carioca em três atos - Nelson Rodrigues
UFRR
Universidade Federal de Roraima
1ª Etapa – E1
O Guru da Floresta - José Vilela
Dois Irmãos - Milton Hatoum
2ª Etapa – E2
O Garimpeiro – Bernardo Guimarães
Navio Negreiro – Castro Alves
3ª Etapa - E3
A Mulher do Garimpo – Nenê Macaggi
Terras do Sem-Fim – Jorge Amado
URCA
Universidade Regional do Cariri
Faca  Ronaldo Correia de Brito
Contros Negreiros  Marcelino Freire
Para viver um grande amor  Vinícius de Moraes
O silência laminado do casulo  Cleílson Pereira Ribeiro
Aves de Arribação  Antônio Sales
As odes de Ricardo Reis  Fernando Pessoa
UFGD
Universidade Federal da Grande Dourados 
 Menino de engenho - José Lins do Rego
 Ficções do interlúdio - Fernando Pessoa
 Lucíola - José de Alencar
 Seminário dos ratos - Lygia Fagundes Telles
 Dois irmãos - Milton Hatoum
 Beijo no asfalto - Nelson Rodrigues
 A obra cinematográfica Terra Vermelha - Marcos Bechis.


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